O silêncio é martirizante e provoca uma certa inquietação que só se desfaz quando rompido, quando a comunicação volta a se restabelecer. Mas a comunicação pode ser a certeza do definitivo silêncio. Então para que inquietar-se? Não seria melhor aliar-se ao silêncio e por ele viajar, livre para pensar, sem pressa de chegar?
O silêncio constrói a dúvida que alimenta a fantasia tão necessária para colorir a frustrante realidade que não se quer enxergar. Que mania de enxergar, desvendar detalhes que podiam, muito bem, pertencer aos bastidores da vida. Ver apenas, sem notar, não seria uma perfeita solução?
O REI DA NOITE
Há 2 anos
2 comentários:
Não! Não seria.
Quem apenas vê, sem notar, não sente. E conseqüentemente não tem vontade de experimentar. E aí ao invés de viver, apenas sobrevive.
Este é o tempo em que não há espaço para o definitivo.
Fantasiar? Fantasiar sim, de olhos bem abertos e sempre, sempre quebrando o silêncio.
Mesmo em silêncio, não esqueça Sra Cobra, que os nossos sentidos são 5!
Mesmo em silêncio, ouvimos vozes, até mesmo aquela, aquela baixinha, que vem do interior.
O martírio está no que se ouve!
É o diabo da racionalidade.
Bom saber que agora tenho mais um blog para visitar sempre.
Saudade. Beijos.
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